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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CONFIGURANDO UM SERVIDOR LINUX DOMÉSTICO, FÁCIL!


Quando as conexões de banda larga começaram a se tornar populares, por volta de 2000, compartilhar a conexão se tornou uma dúvida comum, já que compartilhar uma conexão ininterrupta faz muito mais sentido do que compartilhar a conexão via modem. No começo, era muito comum serem usados PCs com o Windows 98 ou 2000, compartilhando a conexão através do ICS, ou micros antigos rodando mini-distribuições Linux especializadas na tarefa, como o antigo Coyote.
Hoje em dia, compartilhar a conexão deixou de ser um problema, já que praticamente qualquer modem ADSL pode ser configurado como roteador, sem falar dos pontos de acesso com funções de roteador e da enorme variedade de servidores domésticos que temos no mercado.
Vamos então a um tutorial rápido de como compartilhar a conexão no Linux, usando um PC com duas placas de rede, aproveitando para incluir também alguns recursos adicionais no servidor, instalando também um proxy transparente e um servidor DHCP. Este mesmo servidor pode ser configurado também como um servidor de arquivos e impressoras para a rede, assumindo também o papel de NAS.
Os passos a seguir podem ser usados em praticamente qualquer distribuição, de forma que você pode usar a que tiver mais familiaridade. Também não é necessário reservar um PC só para compartilhar a conexão: você pode perfeitamente usar seu próprio micro, ou outro que fique ligado continuamente.
Se você não se importar em fazer a configuração via linha de comando, você pode utilizar um PC antigo, instalando a versão server do Ubuntu. Ela está disponível nohttp://www.ubuntu.com/getubuntu/downloadmirrors, juntamente com a versão principal, mas é um pouco menor, com cerca de 500 MB.
Ao contrário da versão desktop, que carrega o ambiente gráfico por padrão e precisa de um PC com pelo menos 256 MB de memória RAM para rodar, a versão server usa um instalador simples, em modo texto (o mesmo usado nas primeiras versões), e pode ser instalada mesmo em micros com apenas 32 MB de memória RAM:

Esta versão instala apenas os pacotes básicos, sem o ambiente gráfico, por isso o boot depois da instalação é feito em modo texto. Logue-se usando a conta criada durante a instalação e use o comando "sudo passwd" para definir a senha de root. A partir daí você pode se logar diretamente como root, como em outras distribuições:

$ sudo passwd
Inicialmente, o Ubuntu server vem apenas com o vi instalado, que não é um editor de texto particularmente amigável, mas, depois de fazer a configuração inicial da rede (editando o arquivo "/etc/network/interfaces"), você pode instalar outro editor mais amigável, como o mcedit (que faz parte do pacote "mc"), o "joe" ou o "nano". Não importa muito qual editor resolva usar, o importante é que você se sinta confortável com pelo menos um deles.
Um exemplo de arquivo "/etc/network/interfaces" configurado é:
# /etc/network/interfaces
auto lo eth0
iface lo inet loopback
iface eth0 inet static
address 192.168.1.2
netmask 255.255.255.0
network 192.168.1.0
broadcast 192.168.1.255
gateway 192.168.1.1


O arquivo é dividido em duas partes. A linha "auto ..." lista as interfaces que devem ser ativadas automaticamente e as demais contém a configuração de cada uma. Para configurar uma nova placa de rede, você adicionaria a configuração relacionada a ela no final do arquivo e a adicionaria na linha "auto", como em "auto lo eth0 eth1". Se, por outro lado, você quiser desativar uma interface, precisa apenas removê-la da linha auto, não é preciso remover as demais linhas.
A interface "lo" é a interface de loopback, usada para a comunicação local entre diversos aplicativos e componentes do sistema, por isso nunca deve ser desativada. Embora o uso da interface de loopback pareça ser uma exclusividade do Linux, ela é usada também no Windows; a única diferença é que no Windows ela não aparece na configuração.
Em seguida temos a configuração de cada interface, que vai em uma seção separada. No caso da interface lo é usada uma única linha, "iface lo inet loopback", usada em qualquer instalação, seguida pelas demais interfaces.
Como você pode ver, as últimas 5 linhas na configuração da placa eth0 especificam o IP utilizado pelo PC e o restante da configuração da rede, com exceção dos endereços dos servidores DNS, que vão no arquivo "/etc/resolv.conf".
Se você quisesse que a interface fosse configurada via DHCP, poderia substituir as 6 linhas referentes a ela por:

iface eth0 inet dhcp

Ao configurar um servidor com duas placas de rede, onde a eth0 está ligada à rede local e a eth1 ao cable modem (obtendo o endereço via DHCP), por exemplo, o arquivo ficaria:
# /etc/network/interfaces
auto lo eth0 eth1
iface lo inet loopback
iface eth0 inet static
address 192.168.1.1
netmask 255.255.255.0
network 192.168.1.0
broadcast 192.168.1.255
iface eth1 inet dhcp


Veja que nesse caso a configuração da interface eth0 não inclui o gateway, pois é a eth1 que será usada para acessar a web.
Depois de editar o arquivo, você pode aplicar as alterações reiniciando o serviço relacionado a ele:
# /etc/init.d/networking restart

Um problema comum que afeta versões do Debian, Ubuntu e distribuições baseadas neles é as interfaces mudarem de endereço a cada reset em micros com duas ou mais interfaces de rede. A placa eth0 passa então a ser a ath1 e assim por diante, o pode ser uma grande dor de cabeça ao configurar um servidor para compartilhar a conexão, já que se as duas interfaces mudam de posição, nada funciona.
A solução para o problema é um pequeno utilitário chamado "ifrename", que permite fixar os devices utilizados para as placas. Utilizá-lo é bem simples. Comece instalando o pacote via apt-get:

# apt-get install ifrename

Crie o arquivo "/etc/iftab" e, dentro dele, relacione o device de cada interface com o endereço MAC correspondente, seguindo o modelo abaixo:

#/etc/iftab
eth0 mac 00:11:D8:76:59:2E
eth1 mac 00:E0:7D:9B:F8:01


Em caso de dúvida, use o comando "ifconfig -a" para ver a configuração atual das placas e o endereço MAC de cada uma. Uma vez criado, o arquivo é verificado a cada boot e a configuração se torna persistente, resolvendo o problema. Este bug das interfaces itinerantes afeta apenas algumas distribuições, por isso você não precisa se preocupar com ele até que perceba que está usando uma das afetadas.
O Ubuntu server vem com o servidor SSH instalado por padrão, de forma que depois de configurar a rede, você pode fazer todo o resto da configuração confortavelmente a partir do seu micro. Uma dica é que ao utilizar o joe, o nano ou o vi (o mcedit não suporta o uso do clipboard), você pode usar o botão central do mouse para colar texto dentro do terminal, o que é muito útil quando você tem um modelo de configuração pronto pra usar.


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